Men of War

A campanha Soviética começa nos primeiros tempos da Frente Leste. A campanha começa com a Batalha de Rostov e acaba na Batalha de Seelow, com um epilogo mostrando a captura de Berlim uns dias depois. O jogador assume os personagens Alexei Kuznetsov e Victor Smirnov.
As campanhas Aliada e Alemã, têm lugar no lugar na Guerra do Norte de África. O personagem da campanha alemã é um jovem e ambicioso comandante de nome Gunther Borg pertencente à Fallschirmjäger na Grecia (Batalha de Creta) antes de ser temporariamente recolocado nos Afrika Korps na Líbia (Cerco de Tobruk) e Tunisia. A campanha aliada segue o percurso de uma unidade de elite sob o comando do personagem Terry Palmer e do Cabo Robinson durante a Operação Tocha lutando ao lado dos "Desert Rats" da 7th Armoured Division Britânica, de outros soldados americanos e ao lado de Henri d'Astier.

O principal ponto do jogo é o equilíbrio entre a força e a fraqueza dos soldados. Alguns soldados usados com inteligência podem derrotar grandes exércitos, já que se pode usar quase tudo disponível no mapa, barris que podem explodir, pegar armas dos soldados no chão, capacetes, enfim, tudo que um soldado tem, se pode colocar no inventário dos seus soldados, que se dividem em atiradores de rifle, ou com submetralhadoras, podem dirigir tanques, consertá-los e até abastecê-los com qualquer barril de gasolina que se acha e que tem gasolina ainda, podem plantar minas, carregar corpos inimigos, enfim, os soldados fazem de tudo, claro que por exemplo, motoristas dirigem melhor do que um soldado, além disso, os soldados usam quase tudo como cobertura, afinal é o que procuram quando não estão sendo controlados.

Fazia tempo que não via uma IA como a de Men of War, destaque nas suas própias unidades, que avançam sozinhas rumo ao alvo, mas sempre buscando coberturas, jogando granadas e pegando armas do chão quando a sua não tem mais munição.
Geralmente quando um soldado está sozinho, ele procura por aliados e se abaixa cada vez que se sente ameaçado, apesar de que a fuga de granadas inimigas é meio falha, eles pulam desesperados e se esquecem da cobertura.
Com os inimigos, não é diferente, quando veem que sua linha defensiva está cedendo, recuam, ou chegam reforços nos pontos corretos.
A artilharia é o que não agrada. Por vezes ela para do nada de atirar, tendo que fazer isso manualmente.

O maior destaque do jogo é a possibilidade de controlar qualquer unidade como num jogo em 3 pessoa. Isso traz ao jogo uma interatividade muito maior, além de oferecer mais táticas de combate, pode atirar, jogar granadas, etc... como se estivesse controlando apenas aquela unidade o jogo todo. Pórem alguns controles ficam limitados, como correr ou selecionar granadas, mas basta sair do Direct Control, apertando um botão e o jogo volta a sua jogabilidade normal.

Em filmes de Hollywood, vemos um tanque passeando pela cidade atropelando casas e destruindo tanques, os soldados não podem fazer nada. Certo? Errado. A ideia que os filmes do tema nos passa é que os tanques são imponentes, e soldados sem uma boa Bazooka não fazem cocegas, pense de novo. No jogo, os blindados são extremamente frágeis, principalmente á frente de soldados com uma granada anti-tanque, uma ou duas dessas fazem do tanque inútil contra outros tanques, dependendo da área atingida, graças ao sistema de dano bem elaborado do jogo. Se uma esteira é destruída (sendo essa uma das partes mais frágeis), o tanque não anda até que algum soldado com uma caixa de reparos concerte, nesse meio tempo, pode-se destruir o tanque ou recuar as tropas, mas não é pra sempre que uma caixa de ferramentas dura. SE atingido no motor, ele é destruído e não pode ser recuperado, mas o local é um dos mais blindados, dificultando o processo. A parte mais preferida pelos jogadores é a torre, assim o tanque não tem mais tanto poder de fogo, até pode matar alguns soldados caso tenha uma metralhadora em outra área, mas seu poder de fogo é quase nulo e para repara-la (caso dê para reparar) leva tempo. Com sorte pode faze o tanque queimar e ele explodir. O fato é que os tanques precisam de proteção nos lados e atrás, ou quando estiver atravessando uma cidade, pode-se regular a velocidade do tanque e deixa-lo lento o suficiente para que as tropas o acompanhem.
Os canhões e metralhadoras também tem esse sistema de danos, cada um com sua estrutura que varia conforme o modelo.

O ponto fraco do jogo são os gráficos e a câmera, que em campos abertos se sai muito bem, acompanhando a batalha e os soldados, podendo ter muitos ângulos, mas em situações em que os soldados entram em casas, o problema fica evidente. Direct Control fica impossível de usar e o telhado por vezes tapa a batalha, pois se existe uma unidade dentro de um edifício, o telhado fica mais opaco se passar o mouse em cima, e o pior, nem isso funciona as vezes, dando uma frustração enorme.
Oa gráficos são medianos, comparando a outros, poderia ser melhor, apesar de que ver uma batalha num modo geral, realmente fica muito bom, com explosões, etc... Mas as animações ficaram muito boas, como o susto do soldado quando seu capacete voa com um tiro, ou quando ele levanta a cabeça e logo abaixa, porque a metralhadora ainda está mirando nele, os movimentos dos soldados são bons, podendo guardar as armas e deixa-los mais rápidos, porem se acharem um inimigo, tem uma leve desvantagem de tempo. O desespero quando se e veem em fogo cruzado correndo para o primeiro muro que veem deixa o jogo com mais realismo ainda e agrada ao jogador mais exigente.
Porém nem tudo são flores, as dublagens nas cutscenes são péssimas, algumas sem empolgação ou atrasadas, mas não tira totalmente o brilho do jogo

Outro ponto surpreendente no jogo é que quase sempre, você está em desvantagem clara, com 3 ou 4 soldados temos missões como invadir um arsenal inimigo, a primeira vista é impossível ou cansativo. Pórem o jogo mostra outro tipo de jogabilidade, a furtiva. Esconder entre arbustos, silenciadores, mortes com facas, se esconder em paredes, tudo isso são pontos importantes se temos que atravessar uma cidade ou base inimiga sem chamar a atenção ou efetuar um ataque surpresa. Mesmo assim, aborrece os jogadores casuais.

O jogo é ótimo, cheio de realismo, porém a dificuldade afasta os jogadores inexperientes ou casuais. Para quem é estrategista e procura um desafio, Men Of War é perfeito, mesmo com uns defeitos, o jogo surpreende e quem termina pode ser considerado um general de guerra, ainda mais no modo Hard.

Uma das melhores análises que eu já li... Me lembra as antigas do BJ, que não ia pra lado "técnico excessivo", expressando mais o que o jogo marca de verdade. :feliz:

Quanto ao jogo, bom, creio que seja um jogo "independente", o que acaba se refletindo em algumas partes, como gráficos, isso é uma pena, porque muitos jogos "pobres em recursos", são melhores que muito blockbuster. Pelo jeito, mesmo sendo do ano passado, uma revisitada ao título, pode ser uma boa ideia...